A saúde mental não é um "extra" no mundo do trabalho.
Durante demasiado tempo, a saúde mental foi vista como um tema secundário - mesmo na sociedade, quando mais nos outros contextos. No trabalho era "coisa de RH" ou responsabilidade individual do colaborador. Hoje, a ciência e os números são claros: ignorar a saúde mental sai muito caro às empresas.
Em Portugal, os problemas de saúde psicológica no trabalho custam cerca de 5,3 mil milhões de euros por ano em absentismo, presentismo e perda de produtividade. Isso representa 1,4% do volume de negócios nacional.
Ou seja: a saúde mental não é um detalhe - é um fator estratégico.
O que está a acontecer dentro das empresas?
Custos invisíveis (mas devastadores):
Absentismo → dias perdidos custam ~1,8 mil milhões/ano.
Presentismo → colaboradores “presentes”, mas com rendimento reduzido custam ~3,5 mil milhões/ano.
Rotatividade → substituir quem sai custa tempo, dinheiro e conhecimento.
Clima organizacional → ambientes tóxicos reduzem inovação, envolvimento e criatividade.
Reputação → uma empresa que não cuida da saúde mental perde talento e credibilidade no mercado.
O lado que muitas empresas esquecem: o retorno.
A boa notícia é que a equação pode virar a vosso favor.
Segundo a investigação: por cada 1€ investido em saúde psicológica no local de trabalho, o retorno ultrapassa os 5€.
Investir significa:
Aumentar motivação e produtividade
Reduzir absentismo e rotatividade
Fortalecer a retenção de talento
Melhorar a imagem da empresa e atrair profissionais mais qualificados
Em resumo: cuidar da saúde psicológica é cuidar da rentabilidade e sustentabilidade do negócio.

O futuro das empresas é humano.
O mercado está a mudar: talento qualificado procura organizações onde possa crescer sem se perder.
Empresas que investem em saúde psicológica constroem equipas mais produtivas, resilientes e inovadoras.
E a verdade é simples:
🎯 Cuidar da saúde mental no trabalho não é luxo, é prioridade estratégica.
Como as empresas podem agir (sem esperar pela crise):
Avaliar a situação real → Mapear riscos psicossociais, absentismo, presentismo. Usar questionários, entrevistas, métricas objetivas.
Desenhar um plano estratégico → Formação de líderes em gestão de stress e comunicação saudável. Workshops, programas de bem-estar e acompanhamento especializado.
Envolver toda a organização → Compromisso da liderança em apoiar a construção/manutenção dum ambiente saudável. Espaços de participação ativa para colaboradores.
Monitorizar e ajustar continuamente → Criar KPIs: satisfação, turnover, índices de burnout, dias perdidos. Rever periodicamente e adaptar as medidas.
Criar cultura de prevenção → A saúde psicológica deve ser rotina, não reação a crises. Incentivar pausas, flexibilidade, equilíbrio vida-trabalho. Comunicação aberta: sem estigmas, sem silêncios.
Conclusão:
Não há produtividade sustentável sem saúde psicológica.
Não há resultados consistentes sem colaboradores saudáveis e motivados.
Não há reputação forte sem uma cultura organizacional que respeite o equilíbrio humano.
A questão não é se devem investir em saúde psicológica no trabalho.
A questão é: quanto mais vão perder até decidirem investir?
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Referências bibliográficas:
Ordem dos Psicólogos Portugueses. Disponível em https://maisprodutividade.org/. Acesso em setembro de 2025.
Ordem dos Psicólogos Portugueses (2023). Prosperidade e Sustentabilidade nas Organizações: Relatório do curto do stresse e dos problemas de saúde psicológica no trabalho, em Portugal. Lisboa.